quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

VOCÊ ESTÁ NO COMANDO

- Sempre fico muito preocupada em emagrecer e, quando não consigo, fico frustrada! - Não há nada de errado em seu corpo. Sua frustração advém do pensamento criado em sua mente - veja bem, estou falando que SEU PENSAMENTO GERA A FRUSTRAÇÃO E NÃO O SEU CORPO GERA FRUSTRAÇÃO. Uma vez que você foi “seduzida” pelos pensamentos de outras pessoas que são convictas do corpo escultural como o “melhor” e “desejável” (inconsciente coletivo), você se tornou prisioneira dessa idéia. Saiba que nossa mente, criada por nós (nosso EGO), é insaciável. Você pode, sem problemas, emagrecer, visando o corpo ideal, mas, em pouco tempo, sua mente irá achar outro “defeito” em seu corpo que trará insatisfação e, novamente, você irá se sentir frustrada. Digo isso, porque nosso EGO necessita, SEMPRE, se engrandecer, seja buscando insatisfações ou bem-estar. Então, quem possui um corpo físico “desejável” e pensa: magro é bonito e sobrepeso é feio, esta, também, se identificando com seu próprio EGO. Mesmo inconscientemente, essas pessoas sentem bem-estar (passageiro) por estarem no “padrão” e, como um ciclo vicioso, o EGO sempre irá querer se engrandecer, cultivando tal idéia (magro é bonito e sobrepeso é feio) e até buscando outras satisfações exteriores que geram bem-estar (nunca se satisfaz). Segundo conceitos milenares de mestres espirituais, como Buda, Osho, Dalai Lama, Jesus; cientistas quânticos; ramos da psicologia, nosso EGO impede que a alegria, paz e satisfação, que já existem dentro de nós, apareçam. Então, sua satisfação e alegria estão no seu Ser, no seu interior, e não no seu físico. Não busque fora o que está aí dentro! Concentre-se no que está sentindo, nesse momento, sem pensar em nada. Sinta, profundamente, o máximo que conseguir. Sua essência é essa, não o que está pensando. Viva no momento presente e evite pensamentos no futuro tais como: preciso ficar magra, as pessoas vão sempre me achar feia. O seu EGO não sobrevive ao momento presente, então fique no Agora e evite a atuação do EGO que gera pensamentos desagradáveis. Não se pode incluir, no entanto, as pessoas que possuem fatores de risco ou comorbidades (problemas de saúde) consequentes da obesidade. Elas devem seguir orientações médicas, inclusive perder peso, se necessário. A atividade física é indicada para todos independente da estética. Siga o exemplo das pessoas que estão fora do padrão físico, imposto pela sociedade, e satisfeitas com sigo mesmas. Mantenha-se sempre em silencio mental. (Alice Antunes. Médica)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

QUANTAS MULHERES VOCÊ DESTRUIU HOJE?

Na útima quinta feira eu progamei de sair para dançar. Há tempos eu não fazia isso, queria dançar para mim mesmo, me divertir com meu corpo como não faço há tempos. Para dançar gostoso, eu só preciso me soltar e cair nos braços de um cavalheiro bem macio. A roupa? Eu estou pouco me fu... Quero conforto, calça de malha, top, tênis, um antiflamatório, nenhuma firula feminina vai me tirar aquela perspectiva prazeirosa da dança. Blusa? Uma soltinha, na altura do umbigo, CURTA e TRANSPARENTE. POSSO? Parece que não. Antes de ir para o baile, passei no shopping com uma amiga. Uma voltinha de 5 minutos e eu reparei que por onde eu passava, todo mundo olhava pra mim. “Eu não visto 36, sobrevivam”. Em todos esses olhares, os dos homens são aqueles condescendentes. Eles olharam, admirando ou não, mas não me senti agredida, ou ofendida. Eram olhares neutros. As mulheres, por sua vez, me fulminavam. Estavam todas incomodadas com minha roupa, ou incomodadas com minha coragem de usá-la, ou então incomodadas com a falta de coragem delas. Aí eu me lembrei também da primeira foto de nudez parcial que eu coloquei no blog e facebook. A maioria das pessoas leram o texto, amaram, entenderam a mensagem e coerência entre foto e texto. Alguns poucos babacas me chamaram no imbox e escreveram algo do tipo “huuuuuuum delícia”, foram imediatamente deletados (eu não sou obrigada). Por fim, as MULHERES que me falaram, “vai ficar posando pelada agora?”, “desnecessário né?”. Não, não é desnecessário. Posso? O facebook é meu, o corpo é meu, as regras são minhas (“My body, my rules”. SlutWalk). Eu não visto 36, sobrevivam. Como uma boa gorda, eu deveria me cobrir completamente, com tecido preto, porque emagrece. Eu poderia também sair de circulação, ficar em casa comendo batata frita e coca cola, porque isso é o que eu faço. Mas não. Sabe aquele ditado, “os incomodados que se retirem”? Saibam. Eu fico. O incomodo com o corpo é tão absurdo, que as mulheres não percebem o quanto são cruéis umas com as outras. Diminuir uma pessoa, nada mais é que a forma de se sentir melhor consigo mesmo. “Eu tô mal, mas aquela ali tá pior”, “Como essa mulher tem coragem?”, “Mas ela é gorda”, “Ta ridícula”. Foi tudo que escutei com aqueles olhares. Sabe de uma coisa? Eu me sentia linda. Eu sou linda, e de brinde, ainda sou inteligente e divertida. É essa a minha opinião, que a propósito, é a única que importa. Mas, e se eu não me sentisse assim? Aqueles olhares me destruiriam, como destroem a maioria das mulheres. Portanto, PAREM. Cansei de insistir que vocês, mulheres, sejam menos cruéis consigo mesmas (e aqui eu também me coloco). Ideologias feministas à parte, quem me destrói é mulher. O que eu posso pedir é, não tentem destruir quem se sente melhor do que você se sente consigo mesma. Quer continuar essa vidinha medíocre, escravizada, complexidada, imaginariamente gorda, que não ri alto, que não goza, infeliz? Seu corpo, suas regras. Mas, por favor, não levem mais ninguém para o seu buraco. Te coloco a reflexão. Quantas mulheres você destruiu hoje? Não me falem da crueldade dos padrões, quando é você a maior culpada por sua perpetuação. Não me falem em respeito, se você não respeita nem a si mesmo. Não me fale de feminismo, quando você é a mais machista das mulheres. Não me fale de liberdade, se você é uma escrava da aparência. Eu não sou Tamanho Único. Um bride à nudez 46 e é assim que eu vou. Assistam ou troquem de canal. (Foto. Mariana Neto)