domingo, 21 de setembro de 2014

Meu samba e minhas pernas





Vídeo de 2013. Quase 2 anos depois, e só agora tive coragem de postar. Motivo: Celulites e gordurinhas de joelho. Que meu complexo nunca mais atrapalhe minha dança.


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

MULHER, VOCÊ NÃO SE ENXERGA?

Você se enxerga? De verdade, olhe para você. Você se enxerga MESMO? Qual é a primeira coisa que vê ao se olhar no espelho? É o tamanho da sua barriga, a quantidade de celulites, as estrias do peito, a flacidez do braço? Sério? É A ISSO QUE VOCÊ SE RESUME? Recentemente, encontrei uma moça bem bonita - para mim ela seria ainda mais linda se não alisasse tanto o cabelo, mas ok. Ela é magra, corpo torneado, pernas bonitas, seios medianos, barriga praticamente imperceptível. Ela me contou que ia fazer uma pequena abdomnoplastia e colocar silicone. Pra mim, tudo bem. Acho que é direito de todo mundo ficar “melhor”. Querendo ou não, estamos inseridos em um grupo e não estou aqui para julgar o que cada um faz para se enquadrar. E mais, não sou hipócrita para criticar uma pessoa que faz plástica. Eu mesmo já fiz uma e farei quantas mais eu julgar necessário. Reflexos da obesidade. Enfim. Até aí, tudo bem, mas a moça completou o diálogo dizendo, “a gente precisa se sentir bem né?”. E a expressão dela dizia o quanto ela se sente mal com o corpo. Eu só consegui sentir dó. MULHER, VOCÊ NÃO SE ENXERGA? Eu assumo que se enxergar é algo muito difícil. Eu mesma não me enxergava, até tirar minhas fotos “adeus, obesidade”. Depois do ensaio, eu praticamente surtei, falava para a fotógrafa – a linda Mariana Neto – “eu não tenho corAgem de expor isso”, “não acredito que meu namorado faz sexo com essa mulher”, “minha cabeça é muito pequena para o tamanho do meu corpo”. Era celulite demais, como eu não vejo em quase ninguém. Meu braço flácido se comprimia e parecia alargar meu tronco, dando uma sensação “patola” rsrsrs. Era impressionante como tudo parecia grande e única coisa pequena era a cabeça. Quando eu sentava a roupa embolava toda e ficava até complicado posar para a foto. Muito cruel. É impressionante como podemos ser cruéis com nós mesmos. Daí, eu me lembro do susto da fotógrafa com a minha reação. Uma pessoa que mal me conhecia já me achava mais linda do que eu jamais vou achar. Obrigada a ela, obrigada a todos que me fazem insistir na minha atual perspectiva... ME ENXERGAR COM OS OLHOS DO OUTRO. Mas esse “outro” não é qualquer pessoa. Tem os puxa sacos, os invejosos, os infelizes... esses devem ser ignorados. Os outros, dignos da sua confiança, já te mostraram isso. Não me pergunte como, mas você sabe quem são. Acredite neles, pegue as qualidades que lhe atribuem, ACEITE O ELOGIO E NÃO JUSTIFIQUE. Humildade não tem nada a ver com isso. Por isso, eu repito a pergunta: você se enxerga? Eu nem te conheço, mas a resposta é NÃO. Você não vê o que eu vejo em você. Você não vê o quanto você é linda, e eu falo da beleza importante, aquela que coloca sorriso no rosto e na alma. Você é linda de formas que nem pode imaginar. Aquela expressão “aos olhos de...” nunca fez tanto sentido para mim. Até eu ser totalmente capaz de viver bem “aos meus olhos”, de todos os angulos, serei linda “aos olhos de Mariana” e a tantos outros olhos muito mais sabidos que os meus. Izabela Tamanho Único é quem vos fala. Aquela que não se enxerga mas enxerga você. Assista ou troque de canal. Aos olhos de Mariana Neto

sábado, 13 de setembro de 2014

O problema é do tamanho que você o coloca

Hoje é dia de Ana. Hoje é dia de menina mulher, da moça de pé sujo, a primeira no meu blog, a primeira em diversas pegadinhas que a vida prega. Eu nunca achei que meu obstáculo fosse o maior. Logo, nunca achei que a minha vitória fosse a mais louvável. Conheça a história da Ana Flávia e não espere nem mais um minuto para fazer o que você quiser. Lembre-se, não há limites, apenas opiniões.
"Meu nome é Ana Flávia S. Araújo, tenho 35 anos, dei meus primeiro passos aos 5 anos de idade por problemas de saúde, meu corpo não acompanhava meu raciocínio, esse por sua vez sempre foi pragmático. Sempre fui apaixonada por dança, assistia filmes, concursos e sonhava em um dia poder dançar. Aos 8 anos quando já andava sozinha fui matriculada no balé na turminha de 4 anos e ainda era menor que as coleguinhas, sentia desconforto mas encarei com mto entusiasmo, pois iríamos fazer uma apresentação no final do ano em um teatro que não me lembro qual, 1 ano de ensaio e no decorrer desses ensaios o professor me mudava de posição ficava chateada, mas tentava entender que se eu ficasse mais atrás talvez no dia da apresentação ninguém notaria se caso eu errasse. Faltando uma semana pra apresentação o professor me chamou de forma mais carinhosa que de costume e me sugeriu que apresentássemos no ano que vem, porque teríamos mais tempo de ensaio e sairia melhor, mas ele se esqueceu que eu tinha o dobro da idade das meninas apesar de não parecer e entendi que eu não iria participar da apresentação porque não tinha coordenação motora e nem equilíbrio. Sai de lá certa de que nunca mais iria me atrever a dançar na vida. Desenvolvi vários complexos como: Timidez, vergonha, medo, baixo autoestima, mania de perseguição, antissocial etc e tal. Em 2008, conheci o zouk por intermédio de um conhecido que me levava nos bailes, eu ficava louca no meu cantinho vendo o povo dançar, achava lindo, morria de vontade, fiz algumas amizades dentre elas uma que virou amiga, parceira, nessas idas a bailes e de cantinho em cantinho às vezes até arriscava a dançar com algum conhecido. Até conhecer meu 1º e eterno professor Ricardo Espeschit, que pacientemente e com humor contagiante, respeitava minhas limitações e me iniciou no mundo da dança com os primeiros passos, me deixando de pé. Depois surgiram novos professores como Nayara Marcia e Isaac Lopez que foram polindo minha dança, também respeitando meus limites e explorando o que podiam aproveitar, esses eu nomeio como arquitetos do meu corpo e por último Izabela Miranda com seu olhar clínico e atencioso e seu exemplo, me ensinou além de passos que a dança é pra todo mundo, que não vai ser minhas coxas grossas, minha altura, meu pé pequeno demais pro meu tamanho, nem meu desequilíbrio emocional e corporal que irão me impedir de dançar. Aprendi com esses profissionais que a dança pode ser meu remédio para quando estou mais pra baixo é algo libertador, melhorei bastante em muitas coisas, principalmente na autoestima, a timidez ainda é um problema, porém em grau bem menor. A dança na minha vida hoje é algo esporádico, mas quando acontece o resultado é certo me faz sentir viva, feliz, mais bonita." (Ana Flávia Araújo)