sábado, 13 de setembro de 2014

O problema é do tamanho que você o coloca

Hoje é dia de Ana. Hoje é dia de menina mulher, da moça de pé sujo, a primeira no meu blog, a primeira em diversas pegadinhas que a vida prega. Eu nunca achei que meu obstáculo fosse o maior. Logo, nunca achei que a minha vitória fosse a mais louvável. Conheça a história da Ana Flávia e não espere nem mais um minuto para fazer o que você quiser. Lembre-se, não há limites, apenas opiniões.
"Meu nome é Ana Flávia S. Araújo, tenho 35 anos, dei meus primeiro passos aos 5 anos de idade por problemas de saúde, meu corpo não acompanhava meu raciocínio, esse por sua vez sempre foi pragmático. Sempre fui apaixonada por dança, assistia filmes, concursos e sonhava em um dia poder dançar. Aos 8 anos quando já andava sozinha fui matriculada no balé na turminha de 4 anos e ainda era menor que as coleguinhas, sentia desconforto mas encarei com mto entusiasmo, pois iríamos fazer uma apresentação no final do ano em um teatro que não me lembro qual, 1 ano de ensaio e no decorrer desses ensaios o professor me mudava de posição ficava chateada, mas tentava entender que se eu ficasse mais atrás talvez no dia da apresentação ninguém notaria se caso eu errasse. Faltando uma semana pra apresentação o professor me chamou de forma mais carinhosa que de costume e me sugeriu que apresentássemos no ano que vem, porque teríamos mais tempo de ensaio e sairia melhor, mas ele se esqueceu que eu tinha o dobro da idade das meninas apesar de não parecer e entendi que eu não iria participar da apresentação porque não tinha coordenação motora e nem equilíbrio. Sai de lá certa de que nunca mais iria me atrever a dançar na vida. Desenvolvi vários complexos como: Timidez, vergonha, medo, baixo autoestima, mania de perseguição, antissocial etc e tal. Em 2008, conheci o zouk por intermédio de um conhecido que me levava nos bailes, eu ficava louca no meu cantinho vendo o povo dançar, achava lindo, morria de vontade, fiz algumas amizades dentre elas uma que virou amiga, parceira, nessas idas a bailes e de cantinho em cantinho às vezes até arriscava a dançar com algum conhecido. Até conhecer meu 1º e eterno professor Ricardo Espeschit, que pacientemente e com humor contagiante, respeitava minhas limitações e me iniciou no mundo da dança com os primeiros passos, me deixando de pé. Depois surgiram novos professores como Nayara Marcia e Isaac Lopez que foram polindo minha dança, também respeitando meus limites e explorando o que podiam aproveitar, esses eu nomeio como arquitetos do meu corpo e por último Izabela Miranda com seu olhar clínico e atencioso e seu exemplo, me ensinou além de passos que a dança é pra todo mundo, que não vai ser minhas coxas grossas, minha altura, meu pé pequeno demais pro meu tamanho, nem meu desequilíbrio emocional e corporal que irão me impedir de dançar. Aprendi com esses profissionais que a dança pode ser meu remédio para quando estou mais pra baixo é algo libertador, melhorei bastante em muitas coisas, principalmente na autoestima, a timidez ainda é um problema, porém em grau bem menor. A dança na minha vida hoje é algo esporádico, mas quando acontece o resultado é certo me faz sentir viva, feliz, mais bonita." (Ana Flávia Araújo)

Um comentário:

  1. Que bacana a história da Ana Flávia! A arte é mesmo libertadora! Parabéns a ela e a todos que a incentivaram e incentivam!

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